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No município mineiro de Caldas, a reserva biológica conserva espécies raras da fauna e flora na área de Mata Atlântica.

Pedra Branca é um dos cartões-postais de Caldas (MG). A 15 quilômetros do centro da cidade, bem poderia posar como modelo para um artista que se propusesse a pintá-la tendo a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário em primeiro plano.

Com 119 km2, atingindo no ponto mais alto a cerca de 1.760 metros de altitude, Pedra Branca é hoje Reserva Biológica dentro de uma Área de Proteção Ambiental. Pela rica biodiversidade, é um campo de estudos, especialmente para a Fundação Jardim Botânico de Poços de Caldas.

A diversidade biológica e a concentração de espécies raras no local sempre atraíram a atenção de pesquisadores de várias partes do mundo. Um estudioso, em especial, tem o nome associado à Pedra Branca. Trata-se de Anders Fredrik Regnell.

O sueco nascido em 1807, na cidade de Estocolmo, veio para o Brasil em 1840 para se tratar de uma doença nos pulmões. Em terras brasileiras concluiu o curso de Medicina e foi morar em Caldas.

Regnell, que procurava a cura para seus males, acabou encontrando também a rica biodiversidade de Mata Atlântica circunscrita em Pedra Branca. O sueco, que é considerado um dos maiores botânicos que já viveram no Brasil, descobriu espécies, catalogou uma infinidade de plantas e foi um grande colaborador na formação das coleções do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e um expoente na Academia Real de Ciência de Estocolmo. Vários exemplares descobertos por Regnell foram enviados ao naturalista Carl Friedrich Philip Von Martius, que as incluiu na Flora Brasiliensis, uma das maiores coleções botânicas de todos os tempos.

Grande parte dos achados do botânico está guardada no Jardim Botânico de Poços de Caldas. Entre as espécies está a samambaia Phlegmariurus regnelli, descrita há 140 anos por Regnell e redescoberta recentemente pelo biólogo Eric Williams, curador do herbário da Fundação Jardim Botânico de Poços de Caldas.

A casa onde o botânico morou não existe mais. Mas é possível passear pela rua onde existia a casa de Regnell. O túmulo do sueco também está em Caldas.

No município mineiro de Caldas, a reserva biológica conserva espécies raras da fauna e flora na área de Mata Atlântica. (Foto: Devanir Gino/TG)
Belezas da Mata Atlântica. (Devanir Gino/TG)
No município mineiro de Caldas, a reserva biológica conserva espécies raras da fauna e flora na área de Mata Atlântica. (Foto: Devanir Gino/TG)
Árvores são refúgio de espécies (Devanir Gino/TG)
Pedra Branca é reserva que guarda plantas raras e aves da Mata Atlântica (Foto: Devanir Gino/TG)
Aves protegidas na área (Devanir Gino/TG)
Pedra Branca é reserva que guarda plantas raras e aves da Mata Atlântica (Foto: Devanir Gino/TG)
Flores encontradas no caminho (Devanir Gino/TG)

No município mineiro de Caldas, a reserva biológica conserva espécies raras da fauna e flora na área de Mata Atlântica. (Foto: Devanir Gino/TG)

Fauna estudada por pesquisadores (Devanir Gino/TG)

Reprodução / Fonte: EPTV – Terra da Gente

Por Mônica Kikuti – Fundado por um imigrante italiano, o Grand Hotel Minas – Wine & Spa (antigo Grande Ho- tel Pocinhos), localizado no distrito de Pocinhos do Rio Verde, abriu suas portas em 1886, recebendo tropeiros e viajantes que passavam pela região. Teve ao menos qua- tro donos antes de chegar às mãos do empresário Elias Guimarães Borges e sua es- posa, Rossana. Administran- do o local há 27 anos, eles começaram a desenvolver, em 2009, um grande proje- to de reestruturação. Foram investidos R$ 4 milhões no projeto, que modernizou a estrutura do Grand Hotel, transformando a majesto- sa construção em um lugar que mescla a so sticação e o bem receber a um ambiente familiar e aconchegante.

“O hotel funcionou até setembro de 2011 e depois começaram as obras, que se estenderam até o m do ano passado. Foi uma grande reforma. Adaptamos os es- paços e as camas, por exem- plo, que antes eram mais es- treitas. Usamos madeira de demolição para remeter ao antigo e também estarmos ecologicamente corretos”, conta o proprietário Elias Borges, 61, dizendo que grande parte do mobiliário antigo foi preservada na decoração.

Prezando pela qualidade da culinária local, o próprio Elias e a esposa também não descuidam da cozinha e ins- pecionam tudo o que é servi- do. “Não é permitido o uso de temperos industrializados, por exemplo. É tudo natural. Queremos oferecer uma co- mida mais caseira possível e sempre fresquinha”, destaca Borges, que aprendeu alguns segredinhos com sua mãe.

Aliás, vale a pena provar a salada de pinhão e trigo, além do requeijão caseiro e os pães de queijo sempre quentinhos, servidos no café da manhã.

Massagens e muito conforto em um único lugar

Operando atualmente em soft openning, o Grand Hotel dispõe de 68 quartos, equipa- dos com frigobar, cofre, telefone e TV acabo. Até o meio do ano deve estar com toda sua estrutura em pleno funciona- mento, como o Spa, que vai oferecer massagens e banhos sulforosos em águas termais, além de uma cave e um bistrô com gastronomia internacio- nal. “Vamos receber não só os nossos hóspedes, mas outros visitantes poderão utilizar esta estrutura”, revela o pro- prietário Elias Borges.

Tendo recebido ilustres como o ex-presidente Getúlio Vargas (1882-1954), o Grand Hotel vai inaugurar uma su- íte presidencial com o nome do político. Mas, como o ho- tel é cercado de uma área verde e uma paisagem pri- morosa, durante a estadia o turista também vai poder encontrar visitantes inusita- dos como saracuras, jacus, cervos e macacos.

Caldas-MG entre doces, queijos e biscoitos

Por MÔNICA KIKUTI – Localizada a 290 km da Capital, Caldas é uma cidade no Sul de Minas Gerais, próxima a Po- ços de Caldas, que conserva belezas naturais e uma culinária de botar qualquer dieta a prêmio. No distrito de Pocinhos do Rio Verde, a poucos quilômetros de Caldas, está o Grand Hotel Minas – Wine & Spa, conside- rado o mais antigo em operação no Brasil: 127 anos de muita história.

Com quase 14 mil habitantes (sendo pelo menos 600 em Poci- nhos), Caldas tem laticínios, fábri- cas de doces e farinha de milho, além de alambiques para refestelar- se com os sabores tradicionais de Minas Gerais.

Prepare-se para o frio. Mas tam- bém para o calor humano, já que a simpatia é palavra de ordem por es- tas bandas mineiras, onde o visitan- te é bem recebido e acolhido. Um dos eventos tradicionais é a Festa do Biscoito, que acontece em Pocinhos do Rio Verde, no mês que vem, a partir da segunda quinzena, sem- pre aos ns de semana. A festa tem o tradicional biscoito de polvilho, daqueles pequenos que o paulista já conhece, e um grandão que o pes- soal de Caldas inventou de rechear com pernil e linguiça calabresa. Na festa também há artesanato local, danças típicas (como catira), shows e, claro, muitas coisinhas gostosas produzidas na cidade para agradar a qualquer paladar.

Da culinária à natureza, o bem estar é protagonista

mônica kikuti – O barulho da água corrente anuncia a pre- sença de cachoeiras exuberan- tes que fazem qualquer pau- listano estressado se render às belezas gratuitas da mãe natureza. Caldas e Pocinhos do Rio Verde têm ao menos 20 cachoeiras. Dentre elas, destacam-se a Cascata Antô- nio Monteiro e as cachoeiras da Rapadura e da Margarida.

Prepare-se para caminha- das, mas também para uma paisagem de deixar o queixo caído, como a vista geral da cidade, do topo da Pedra do Coração, a 1.350 metros de altitude. A Pedra Branca, a

Artesanal – Farinha de milho é produzida na cidade

1.850 metros de altitude, é o ponto mais alto da região e um passeio ideal para os aventureiros, com um vale cheio de grutas e cavernas.

Já em se tratando de culi- nária, os biscoitos de pol- vilho são a grande vedete. Confeiteira de mão cheia, Nair Aparecida Barbosa, 71, faz doces, rosquinhas, bolachas e os biscoitos de polvilho, do grandão aos pe- queninos, desde quando era menina. “É tradição de famí- lia. Aprendi com minha mãe quando tinha 14 anos”, con- ta ela, que participa da Festa do Biscoito desde a primeira

edição, há 24 anos.
O biscoitão de polvilho,

aliás, é feito por dona Nair em enormes fornos à lenha, atrás do Balneário de Po- cinhos do Rio Verde, onde acontece a Festa do Biscoito. O biscoito leva 25 minutos para assar. Já as broas de mi- lho demoram quase o dobro, por isso, têm de ser assadas antes do biscoitão. “A massa do biscoito grande é diferen- te da dos pequenos. Tenho que prepará-la dois dias an- tes de vender”, revela a in- cansável senhora, que nem de longe aparenta a idade que tem.